Ambulantes de Porto Seguro enfrentam repressão e proibições durante a Festa da Forma Turismo, desde 01 de julho. Após acionarem o vereador Bolinha e a PM, as tensões culminaram em agressões no dia 03, sem resposta da prefeitura ou da organização do evento.
Desde o início da Festa da Forma Turismo na Arena Axé Moi, em 01 de julho, ambulantes de Porto Seguro têm enfrentado uma repressão crescente. Vídeos apontam que muitos foram agredidos e impedidos de trabalhar em áreas públicas, sem que a prefeitura local forneça explicações ou tome medidas para resolver a situação. A Forma Turismo, responsável pelo evento há 25 anos, também não se pronunciou sobre o ocorrido.
A situação começou a escalar desde o primeiro dia do evento, quando ambulantes foram proibidos de atuar nas imediações da Arena Axé Moi. Em resposta, os trabalhadores acionaram o vereador Bolinha, que intermediou com a Polícia Militar da Bahia na tentativa de liberar o acesso dos ambulantes para que pudessem trabalhar. Apesar dos esforços, as tensões continuaram a aumentar.
Nesta quarta-feira, 03 de julho, a situação culminou em uma grande confusão e agressões. “A Forma Turismo sempre foi uma parceira. Este ano, nos trataram como invasores, negando nosso direito de trabalhar e sustentar nossas famílias”, lamentou um dos ambulantes, que preferiu não se identificar.
Tradicionalmente, a Festa da Forma Turismo é uma oportunidade vital para muitos ambulantes gerarem renda durante a alta temporada turística de Porto Seguro. Contudo, as novas restrições impostas pela organização do evento colocaram em risco a subsistência de diversas famílias. “Dependemos do turismo para sobreviver. Essas ações estão prejudicando nossa comunidade. Precisamos de respostas e soluções”, afirmou outro vendedor.
A falta de clareza e a ausência de comunicação da prefeitura agravam a frustração dos ambulantes. Eles questionam se a Forma Turismo tem autorização legal para implementar tais bloqueios e exigem explicações.
Com a situação se tornando insustentável, a urgência de um diálogo entre a Forma Turismo, a prefeitura e os representantes dos ambulantes é evidente. A comunidade local apela por um compromisso que permita a continuidade do evento sem comprometer a economia de tantas famílias que dependem do trabalho informal.
A redação procurou a prefeitura e a Forma Turismo para obter um posicionamento oficial, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta de nenhum dos envolvidos.
O que está em jogo é o equilíbrio entre a organização de um evento de grande porte e o direito dos trabalhadores informais de Porto Seguro. Resta saber como as autoridades locais e a Forma Turismo responderão a esse desafio.
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